Um acontecimento histórico provocou mudanças em todos os aspectos da vida. Esse tal acontecimento foi a Revolução Industrial. A partir daí, a população foi se tornando gradativamente mais instruída e com novas necessidades de consumo.
Ator Charles Chaplin em cena do filme “Tempos Modernos”.
Tecnologias de impressão atraíram artistas plásticos. Começou um trabalho de manipulação de fontes e cores (mais tarde fotografia também) e com foco na criação de uma linguagem visual focada na comunicação começa a ser desenhado o primeiro formato do design gráfico, numa mistura de arte e ofício.
Bilhete para The Arts & Crafts Exhibition Society, Walter Crane, 1890.
E no Brasil? Ah! O negócio começou a pegar mesmo muitas primaveras depois. Década de 50, período pós-guerra, pela primeira vez na história o setor industrial gerou mais lucro que o agrícola.
Em 1958 um dos primeiros escritórios de design gráfico do Brasil é criado em São Paulo, por Geraldo de Barros, Ruben Martins e Walter Macedo e recebe o nome de Forminform. Começa então o casamento da arte com a indústria no Brasil. E em 1963 foi criada no Rio de Janeiro a Escola Superior de Desenho Industrial – ESDI. Imagina só uma escola que passou pelo período da ditadura e tinha uma postura de “direito de expressão e crítica”.
Vista da ESDI a partir do Edifício Plaza, 1963
A Forminform dissolveu-se em 1968, após a morte de um de seus fundadores. Já a ESDI foi incorporada a Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, porém, seus legados permaneceram. Foi introduzida na nossa cultura a necessidade do planejamento visual que hoje em dia nos rodeia desde as mais simples coisas. Engraçado pensar como era quando a “boa estética” dependia do gosto de seu criador, sem um projeto, uma pesquisa, um foco.